Você já ouviu falar em comunicação não violenta? Colocando em poucas palavras, trata-se de um método de comunicação elaborado por um psicólogo chamado Marshall B. Rosenberg. Esse recurso consiste, explicando de modo simples, é falar e ouvir de forma respeitosa, sem acusações ou ofensas, estabelecendo uma conexão verdadeira com a outra pessoa.
Tanto na vida pessoal quanto na profissional, é necessário que a comunicação seja clara, evitando falhas e problemas. Focando as relações que são desenvolvidas no ambiente de trabalho, entre os colaboradores, uma comunicação objetiva e que não dê margem a interpretações equivocadas é indispensável para que não ocorram conflitos graves.
Quer aprender a desenvolver a comunicação não violenta na sua empresa? Continue lendo este artigo e veja o que deve ser feito nesse sentido.
Entenda a necessidade do outro
O líder precisa ter atenção no que diz respeito a favorecer um ambiente de trabalho agradável. Os membros da equipe precisam se sentir bem e confortáveis para expor sua opinião, dar sugestões e ressaltar pontos que consideram positivos ou negativos em relação à empresa.
Dessa maneira, é importante proporcionar aos colaboradores momentos de descontração, de forma que você possa vir a conhecer mais profundamente as pessoas, criando e fortalecendo os laços. Além disso, você será capaz de compreender melhor o perfil de cada funcionário, comunicando-se de modo mais eficiente, uma vez que poderá adaptar a sua abordagem ao jeito de cada um.
Conhecendo melhor cada pessoa, é possível promover a empatia e incentivar uma nova maneira de estabelecer relações, de acordo com a qual entender a necessidade do outro é prioridade. Assim, a equipe estará mais empenhada, pois as pessoas que fazem parte dela se sentirão reconhecidas, valorizadas e respeitadas pela empresa.
Demonstre vulnerabilidade para resolver conflitos
Resolver conflitos que acontecem no ambiente de trabalho pode ser realmente complicado. Na posição de líder, cabe a você tomar as medidas necessárias para que tudo possa fluir da melhor forma. Contudo, o que os demais colaboradores podem não perceber é que, mesmo estando em uma posição de liderança, você é alguém tão vulnerável quanto qualquer um dos demais membros da equipe.
Dessa forma, no momento da conversa, tenha uma atitude franca para com o outro e deixe claro que está “desarmado”. Demonstrar que você pode estar tão pouco à vontade quanto a outra pessoa, em determinada situação, e agir com sinceridade é uma maneira de praticar a comunicação não violenta e de aprimorar os relacionamentos profissionais.
É muito importante lembrar que demonstrar vulnerabilidade não faz de você alguém fraco ou despreparado perante sua equipe e perante os demais colegas de trabalho. Pelo contrário, essa atitude demonstra maturidade e segurança de sua parte.
Saiba ouvir
Ouvir, de verdade, o que o outro diz é algo raro e, para isso, é preciso se colocar realmente à disposição da outra pessoa. No contexto de uma empresa, em que indivíduos dos mais diversos tipos de personalidade — e que, geralmente, não se conheciam antes de trabalharem juntos — estão reunidos, a habilidade de saber ouvir é fundamental.
Quando se quer colocar em prática a comunicação não violenta, o líder não pode adotar uma postura autoritária. Ele precisa dar abertura aos seus colaboradores, no sentido de que esses possam realmente expor suas ideias e manifestar sua opinião.
Assim, você deve demonstrar empatia, ouvindo, com respeito, o que o outro tem a dizer. Essa atitude evita que aconteçam desavenças entre aqueles que fazem parte do time. Quando não há uma interação verdadeira entre o líder e a equipe, a gestão pode ficar comprometida e podem surgir conflitos interpessoais. Mostre que você realmente está aberto para ouvir a outra pessoa e compreender seu ponto de vista, sem acusá-la ou julgá-la.
Tenha atenção aos gestos
Para desenvolver uma comunicação não violenta, você não deve ter cuidado apenas com as palavras que são utilizadas no momento do diálogo. Também é preciso ter muita atenção à linguagem não verbal — que está associada aos gestos, à postura, ao olhar e às expressões corporais e faciais — que você demonstra.
Em diversas situações, mesmo que nada seja dito, o colaborador pode se sentir desconfortável, negligenciado ou desvalorizado, por exemplo, devido às expressões corporais e faciais que o líder apresenta.
Da mesma forma que você precisa estar atento aos seus gestos, para que a comunicação seja clara e não haja conflitos, observe a linguagem corporal da outra pessoa e procure associá-la ao que está sendo dito por ela. Desenvolva a empatia e coloque-se no lugar do outro. Isso também ajuda a estabelecer uma gestão de pessoas eficiente na sua empresa.
Observe sem fazer julgamentos
Quando se fala em comunicação não violenta, observar sem fazer julgamentos significa olhar para determinado cenário, mantendo-se neutro e imparcial perante ele. É natural querer emitir uma opinião a respeito da situação, mas você deve apenas observar e extrair o que realmente pode ser proveitoso.
Se você adota uma postura julgadora, acaba não enxergando de forma clara aquilo que está acontecendo, pois suas concepções sobre o que é ou não adequado e suas ideias sobre determinados assuntos — preconcebidas em decorrência de suas próprias experiências e de sua bagagem enquanto pessoa — influenciam e comprometem sua observação.
Esse é um item muito importante para que você possa, de fato, desenvolver a comunicação não violenta. Cada pessoa expressa determinado juízo de valor de acordo com a percepção que tem do que a cerca, e isso é algo que não pode ser imposto ao outro. Por isso, observe sempre, mas não julgue.
Comunicar-se é algo essencial, em qualquer que seja o campo. No contexto de uma empresa, especificamente, fazer uso da comunicação não violenta contribui para manter um ambiente de trabalho agradável e um bom clima organizacional. Essa prática fortalece os vínculos entre os colaboradores, aumenta a empatia e a motivação e, consequentemente, eleva a produtividade de toda a equipe.
O que você achou do nosso artigo? Agora que você já sabe o que é e como desenvolver a comunicação não violenta, que tal aprender a usar a programação neurolinguística para ser mais persuasivo?